'Não tínhamos recurso para fazer a fantasia, nem para o tapa-sexo', lembra.
Passista de Bauru diz que único acessório que tinha perdeu em um concurso.
O destaque de um dos carros alegóricos de um bloco de carnaval de Bauru, no interior de São Paulo, chamou a atenção do público neste fim de semana. Isso porque neste domingo (15) ela desfilou na passarela do samba com o corpo todo pintado, mas sem o tapa-sexo, que as passistas usam para cobrir as partes íntimas. Segundo Joice Roberta Costa Benho, de 19 anos, o bloco não tinha dinheiro para comprar a fantasia ou mesmo o acessório. “Não tínhamos recurso para fazer a fantasia que eu queria e nem pra comprar o tapa-sexo”, afirma.
Joice conta que chegou a concorrer no mês passado ao posto de a rainha do carnaval e que disputou o posto o corpo pintado, usando tapa-sexo. Mas o acessório caiu durante o concurso.
"O tapa-sexo desgrudou no meio da passarela e caiu. Eu chutei e continuei sambando". Ela não venceu, mas voltou ao sambódromo no domingo em Bauru e entrou para defender o bloco. Desta vez, apenas com o corpo pintado. “Eu não tinha dinheiro para comprar outro [tapa-sexo], então foi assim mesmo”, disse.
Sem o tapa-sexo, ela tentou usar uma calcinha, mas comenta que a tinta não cobria o tecido e fugia do tema do bloco, que era “Mãe Natureza”. “Dava pra ver que não estava pelada, marcava muito”, conta.
Apesar da vergonha, ela enfrentou a passarela e chamou atenção. Joice lembra que nunca tinha sambado na vida, apenas dançado funk em um bloco que faz show no distrito industrial.
Registe-se aqui com seu e-mail