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Chuva marca desfile das escolas do Grupo de Acesso de São Paulo





Precipitação na Zona Norte só parou no início da madrugada de segunda.
Oito agremiações disputam duas vagas no Grupo Especial.



Morro da Casa Verde termina com exatos 60 minutos, prazo máximo para passar pela avenida. (Foto: Ardilhes Moreira/G1)
Morro da Casa Verde termina desfile com prazo máximo para passar pela avenida (Foto: Ardilhes Moreira/G1)


O desfile das escolas do Grupo de Acesso de São Paulo foi marcado pela chuva que não deu trégua entre a noite de domingo (15) e o começo da madrugada de segunda-feira (16). Apesar do temporal que em vários momentos atingiu a região do Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte, o público não desanimou e acompanhou as oito agremiações como pôde, se protegendo sob guarda-chuvas e capas ou debaixo da arquibancada.
Ironia do destino ou não, a X-9 Paulistana, última escola a desfilar pelo Grupo Especial na manhã deste domingo, teve como enredo a chuva e pediu o fim da seca.
O desfile do Grupo de Acesso começou com quase 30 minutos de atraso. Antes de a primeira agremiação entrar na passarela do samba, parte do Anhembi chegou a ficar sem energia elétrica, mas a interrupção durou poucos minutos.

As duas escolas mais bem colocadas neste desfile irão subir para a elite do carnaval paulistano no ano que vem. O resultado será divulgado na terça-feira (17).
Rainha de bateria da Tricolor Independente, Helena Soares, mostra samba no pé mesmo com o piso molhado da passarela do Anhembi por causa da chuva. (Foto: Ardilhes Moreira/G1)Rainha de bateria da Tricolor Independente, Helena Soares (Foto: Ardilhes Moreira/G1)
TRICOLOR INDEPENDENTE
A primeira a entrar na avenida foi a Tricolor Independente. Quando a escola abriu os desfiles, por volta de 21h20, o público que se abrigava da chuva voltou para a arquibancada e soltou a voz para cantar o samba-enredo.
Com o tema "Bravos à luta", a escola são-paulina lembrou o sofrimento dos negros e a resistência dos quilombolas durante o período da escravidão. A agremiação encerrou sua apresentação com 59 minutos.
A escola conta a imigração árabe e o legado desse povo (Foto: Ardilhes Moreira/G1)A escola conta a imigração árabe e o legado desse povo (Foto: Ardilhes Moreira/G1)
COLORADO DO BRÁS
A segunda escola foi a Colorado do Brás, que também não escapou da chuva durante os 53 minutos de desfile. Com o enredo Maktub - "Estória" de mil e uma histórias, a agremiação contou o percurso que o povo árabe fez até chegar ao Brasil, além de mostrar suas marcas na cultura brasileira.
Apesar do chão molhado, a comissão de frente não se intimidou e fez diversas acrobacias, o que emocionou o público no Anhembi.
Musa da Unidos do Peruche desfila no Sambódromo do Anhembi (Foto: Ardilhes Moreira/G1)Musa da Unidos do Peruche desfila no Sambódromo do Anhembi (Foto: Ardilhes Moreira/G1)
UNIDOS DO PERUCHE
A Unidos do Peruche, terceira a passar pelo sambódromo com tempo de 54 minutos, inspirou-se no filme de animação Kiriku e a Feiticeira para o desfile de 2015.
A lenda africana conta a história de um bebê superdotado que já nasce sabendo falar, andar e correr, e se incumbe de salvar a sua aldeia de Kabará, uma feiticeira má que deu fim a todos os guerreiros locais e ainda roubou todo o ouro das mulheres.
Mestre-sala e pora-bandeira da Camisa Verde e Branco (Foto: Ardilhes Moreira/G1)Mestre-sala e porta-bandeira da Camisa Verde e Branco (Foto: Ardilhes Moreira/G1)
CAMISA VERDE E BRANCO
Já a Camisa Verde e Branco falou sobre o mundo místico das previsões. Com o enredo "Eu acredito em previsões. E você?", a escola fez uma viagem no tempo para mostrar como os conhecimentos da civilização do antigo Egito serviram de base para as religiões e para a filosofia.

Dos búzios à cartomancia, a escola tratou dos os mistérios “do que está por vir”. A agremiação, que foi a última a desfilar sob a chuva, precisou de 58 minutos para passar pela avenida.
Carro faz referência ao carnaval nordestino (Foto: Ardilhes Moreira/G1)Carro faz referência ao carnaval nordestino (Foto: Ardilhes Moreira/G1)
IMPERADOR DO IPIRANGA
A Imperador do Ipiranga foi a primeira escola a passar pelo Anhembi com tempo firme. A escola fez uma homenagem ao povo nordestino. Com o enredo "Oxente! Cabra da Peste.A Imperador chegou para coroar a nação do Nordeste", a agremiação evocou a fé desse povo, com uma referência ao Padre Cícero.

O cangaço e o carnaval também foram lembrados. O último carro foi decorado com sombrinhas de frevo e com um frango, lembrando o tradicional bloco de rua pernambucano Galo da Madrugada.
Zona Norte é tradição, canta integrante da escola (Foto: Ardilhes Moreira/G1)Região Norte é tradição, canta integrante da escola (Foto: Ardilhes Moreira/G1)
MORRO DA CASA VERDE
A escola Morro da Casa Verde remeteu a elementos básicos dos desfiles de carnaval: as plumas e os paetês. As diferentes alas fizeram referência aos bailes de máscaras. Uma ala foi toda dedicada a Veneza, onde elas são uma antiga tradição.

Os atuais desfiles também não passam despercebidos. Um carro reproduziu o sambódromo do Anhembi, com ala das baianas, bateria e mestre-sala e porta-bandeiras. A agremiação concluiu seu desfile em 60 minutos, prazo máximo para passar pela avenida.
Folião representou Nelson Mandela em carro da Leandro (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)Folião representou Nelson Mandela em carro da Leandro (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
LEANDRO DE ITAQUERA
A Leandro de Itaquera trouxe para o Anhembi uma homenagem a Nelson Mandela, principal líder da luta contra o apartheid na África do Sul. Impulsionada pela tradicional bateria, a agremiação trouxe a trajetória do líder africano, que chegou a ficar preso antes de se tornar presidente.
A comissão de frente remeteu às tribos africanas. O carro abre-alas trouxe leões, animal que, além de representar o continente-berço da humanidade, é símbolo da escola da Zona Leste de São Paulo.
Sereia em carro da Pérola (Foto: Ardilhes Moreira/G1)Sereia em carro da Pérola (Foto: Ardilhes Moreira/G1)
PÉROLA NEGRA
A Pérola Negra foi a última escola do Grupo de Acesso a desfilar. A agremiação da Vila Madalena homenageou a pérola e, para isso, lembrou como ela é formada nas ostras, sua coleta e, por fim, a utilização na manufatura de joias.
O uso da esfera pelas realezas das civilizações foi lembrado em um dos carros, que trazia também a imagem de um elefante. O brilho da pérola foi evidenciado nas fantasias da madrinha e da rainha da bateria. A agremiação, que enfrentou chuva na maior parte do desfile, atravessou a avenida em 58 minutos.Do G1 São Paulo
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