Se não bastassem os educadores paranaense decidirem pela continuidade da greve, o que afeta 2,1 mil escolas da rede pública de ensino, um evento no Facebook convoca a população a pedir o impeachment do governador Beto Richa; o ato está marcado para este sábado (21), em Curitiba; de acordo com o texto postado na página do ato, "o impeachment de Beto Richa difere muito do impeachment pedido à presidenta (Dilma), que não procede"; organizadores do evento classificam o tucano como um "ditador", com uma "postura soberba e arrogante (...) que deve estar mobilizando-se com seus deputados para derrubar" as reivindicações dos educadores, "como criança birrenta que não admite diálogo"
Leonardo Lucena, 247 – A dor de cabeça do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), só piora. Se não bastassem os educadores decidirem pela continuidade da greve, nesta quinta-feira (19), o que afeta 2,1 mil escolas da rede pública, um evento no Facebook convoca os paranaense a pedir o impeachment do tucano. O ato está marcado para este sábado (21), a partir das 14h, em Curitiba. De acordo com o texto, na página do ato, Richa é um "ditador", com uma "postura soberba e arrogante (...) que deve estar mobilizando-se com seus deputados para derrubar" as reivindicações dos educadores. "Como criança birrenta que não admite diálogo, tal qual sabemos que é".
Os educadores são contra um pacote de ajustes financeiros do governo. A principal medida prevê a retirada de R$ 8 bilhões do fundo previdenciário destinado ao pagamento dos aposentados e pensionistas. O montante passaria ao caixa único do governo e cobriria o rombo da folha atual. Embora a medida não tenha sido aprovada pela Assembleia, o secretário-chefe da Casa Civil do Paraná, Eduardo Sciarra, disse que a iniciativa continua em discussão. O dirigente informou, nesta quinta (19), que a proposta será "aberta ao debate com os servidores" antes de ser encaminhada novamente ao Legislativo.
Conforme o texto postado no Facebook, "o impeachment de Beto Richa difere muito do impeachment pedido à presidenta (Dilma), que não procede. "Vamos fazer um belo ato em frente à Praça Santos Andrade, mostrando mais uma vez nossa força!". "Vale lembrar que esse evento é apartidário e não tem nenhuma ligação política".
Os grevistas invadiram, na semana passada, a Assembleia Legislativa do Paraná em protesto contra o pacote de medidas, e montaram barracas de camping ao redor do Legislativo. Na quinta-feira (12), deputados governistas teriam chegaram o para a sessão do dia em um ônibus da Polícia Militar e entraram em um anexo do legislativo pelas portas dos fundos. A polícia usou balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes que impediam a saída de alguns parlamentares.
Sciarra, garantiu que o governo não vai propor "nenhum projeto que retire benefícios ou direitos dos trabalhadores", como alterações no plano de carreira, redução do anuênio dos servidores e mudança na previdência estadual.
Segundo a categoria, outras causas da greve são o calote em parcelas do ano passado no fundo destinado à manutenção das escolas e à compra de materiais. O atraso no pagamento do terço de férias dos professores e da rescisão dos 29 mil docentes temporários que trabalharam na rede no ano passado também estão entre os motivos da paralisação. O governo se comprometeu a pagar os valores das férias em duas parcelas (março e abril) e a quitar a rescisão dos contratos suspensos até a próxima semana.
Mas a crise política é tanta que pode impactar o ensino de quatro das sete universidades paranaenses, conforme previsão do reitor da Unicentro, Aldo Nelson Bona, que também preside a Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp).
De acordo com Nelson Bona, o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, com quem se reuniu na sexta-feira passada (13) disse que o governo não tem os R$ 124 milhões previstos no orçamento para iniciar o ano letivo nessas instituições de ensino. Ou seja, quatro universidades podem ser fechadas.
BRASIL 247
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