Categoria está parada há 43 dias e pede 75,3% para equiparação salarial.
Reunião entre sindicato e governo acabou sem acordo na quinta.
Professores da rede estadual de São Paulo decidiram, em assembleia nesta sexta-feira (24), manter a greve iniciada há 43 dias. Segundo a Polícia Militar, cerca de 3 mil manifestantes se concentraram em frente ao Masp, na Avenida Paulista, para definir os rumos da paralisação. Os organizadores falam em 50 mil pessoas.
Após a assembleia, os professores seguiram em caminhada até a Rua da Consolação. Por volta das 16h, os dois sentidos da Paulista foram bloqueados. O grupo seguiu em direção à Secretaria de Estado da Educação, na Praça da República, no Centro.
Os docentes não puderam se reunir no vão livre do Masp por causa de um pedido da direção do museu à PM desde as últimas manifestações na Avenida Paulista. Ela alega que há riscos estruturais ao prédio em caso de concentração de pessoas.
Equipes da PM acompanhavam de perto o protesto e formaram um cordão de isolamento em frente ao prédio da secretaria. A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, disse que achou o policiamento "ostensivo demais". O protesto terminou por volta das 19h, após um abraço simbólico na sede da secretaria.
Reivindicações
Os professores reivindicam 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior. O governo do estado diz ter dado reajuste de 45% no acumulado dos últimos quatro anos. Além disso, informa que parte da categoria receberá até 10,5% de aumento de acordo com desempenho em avaliação. Não houve proposta de reajuste geral para toda a categoria.
Reivindicações
Os professores reivindicam 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior. O governo do estado diz ter dado reajuste de 45% no acumulado dos últimos quatro anos. Além disso, informa que parte da categoria receberá até 10,5% de aumento de acordo com desempenho em avaliação. Não houve proposta de reajuste geral para toda a categoria.
O sindicato alega que a Secretaria de Estado da Educação acenou com 10,5% de aumento para apenas 10 mil professores que se saíram bem em uma prova, ignorando outros 220 mil profissionais da rede.
Os professores também pedem melhores condições de trabalho. Segundo a categoria, mais de 3 mil salas de aula foram fechadas, o que provoca superlotação das salas de aula restantes. A garantia de direitos para docentes temporários também está entre as demandas dos grevistas.
Reunião e tumulto
A assembleia desta sexta acontece um dia após encontro entre representantes da categoria e da Secretaria de Estado da Educação, na sede da pasta, no Centro. Depois da reunião, que terminou sem acordo, parte do grupo tentou invadir a sede da secretaria.
A assembleia desta sexta acontece um dia após encontro entre representantes da categoria e da Secretaria de Estado da Educação, na sede da pasta, no Centro. Depois da reunião, que terminou sem acordo, parte do grupo tentou invadir a sede da secretaria.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação repudiou a violência e informou ter apresentado três propostas aos líderes grevistas: "política salarial pelos próximos quatro anos com data base em 1º de julho; envio de lei à Assembleia Legislativa que inclui os professores temporários na rede de atendimento do Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual)" e estabelece a redução da exigência de 200 dias de intervalo a partir do terceiro contrato destes docentes (duzentena)".
A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, comentou nesta sexta a confusão do dia interior. “Nada justifica a violência, mas também não justifica a violência de deixar os professores 44 dias sem reajuste”, disse.
“Eu acho que a gente tem que ter o bom senso, tanto o governador quanto o secretario, de intermediar situações de impasse. Se não é agora, mas é para julho [o dissídio], anuncia a proposta, que vai acalmar a categoria.”
Assembleia
Na quarta-feira (22), professores estaduais em greve entraram em confronto com policiais militares na Assembleia Legislativa de São Paulo, na Zona Sul da capital paulista. Um professor foi detido e conduzido ao 36º Distrito Policial, na Vila Mariana.
“Eu acho que a gente tem que ter o bom senso, tanto o governador quanto o secretario, de intermediar situações de impasse. Se não é agora, mas é para julho [o dissídio], anuncia a proposta, que vai acalmar a categoria.”
Assembleia
Na quarta-feira (22), professores estaduais em greve entraram em confronto com policiais militares na Assembleia Legislativa de São Paulo, na Zona Sul da capital paulista. Um professor foi detido e conduzido ao 36º Distrito Policial, na Vila Mariana.
A confusão ocorreu quando um grupo forçou a entrada no plenário Juscelino Kubistchek, que já havia atingido o limite máximo de lotação. Policiais tentaram evitar a entrada e houve atrito entre manifestantes e a polícia. Um policial ficou ferido e uma porta de vidro foi quebrada.
Os professores participariam de uma audiência pública intermediada pelo presidente da Assembleia, Fernando Capez (PSDB), e pela bancada do PT para discutir as reivindicações da categoria. Após a confusão, Capez recebe uma comissão de professores.
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