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Lama de barragens atinge áreas a até 100 km de distância em MG



Rejeitos afetaram a vazão de hidrelétrica de Santa Cruz do Escalvado.
Para prefeito de Rio Doce, 'desastre ecológico é ainda incalculável'.


A lama liberada pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, atinge áreas a até 100 km de distância do local do acidente, ocorrido na tarde desta quinta-feira (5).

O rompimento das barragens de Fundão e Santarém liberou 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos, que inundaram o distrito de Bento Rodrigues. Centenas de pessoas estão desabrigadas, uma morte foi confirmada e 13 funcionários da empresa estão desaparecidos.
Um vídeo feito pelo prefeito de Rio Doce, Silvério Joaquim da Luz, mostra que a água barrenta foi parar no rio que dá nome a cidade, afetando a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, em Santa Cruz do Escalvado. (veja no vídeo acima)
Rompimento de barragens afetou Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, em Santa Cruz do Escalvado (Foto: Silvério Joaquim da Luz/Divulgação)Rompimento de barragens afetou Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, em Santa Cruz do Escalvado (Foto: Silvério Joaquim da Luz/Divulgação)
Os rejeitos de mineração atingiram o rio do Carmo, que depois se encontra com o Piranga, formando o Rio Doce – um dos maiores rios do estado, que desagua em Linhares, no litoral do Espírito Santo.
O Serviço Geológico do Brasil emitiu um alerta de risco de enchentes para três cidades capixabas, onde a lama deve chegar na segunda-feira (9): Baixo Guandu, Colatina e Linhares.
Impacto ambiental
Para o prefeito de Rio Doce, o "desastre ecológico é ainda incalculável". "Há milhares de peixes mortos, quilômetros de matas ciliares destruídos, lama fétida e outras tantas toneladas de madeira boiando", disse Silvério da Luz.
Lama e rejeitos do rompimento das barragens foram para no rio Doce (Foto: Silvério Joaquim da Luz/Divulgação)Lama e rejeitos do rompimento das barragens foram para no rio Doce (Foto: Silvério Joaquim da Luz/Divulgação)
Nesta sexta-feira, o núcleo de emergências do Ibama de Minas Gerais afirmou que a lama liberada pelo rompimento das barragens afetou o leito d’água que passa pela região por uma extensão de 80 km. O rio que banha a área é o Rio Gualaxo, que deságua no Rio Doce.
Em entrevista coletiva na tarde desta sexta, o prefeito de Mariana, Duarte Júnior, disse que cinco distritos foram atingidos: Águas Claras, Ponte do Grama, Bento Rodrigues, Paracatu e Pedras. A cidade de Barra Longa, a 70 km de Bento Rodrigues, também foi atingida pela lama.
Feridos
Quatro feridos foram identificados, duas crianças e dois adultos. As crianças são Kaique Monteiro, de 2 anos, e Nicolas Webster, de 3. Os adultos foram identificados como Priscila Monteiro, cuja idade não foi divulgada, e Wesley Isabel, de 23 anos. Eles seriam moradores da região de Bento Rodrigues.
Os feridos foram levados para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, referência em atendimento de urgência. Mais de 200 pessoas da Guarda Municipal, dos bombeiros, das polícias Civil e Militar, da Defesa Civil e da mineradora trabalham nas buscas.
Coletiva
Na coletiva desta tarde, o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, disse que entre os 13 desaparecidos, 12 são funcionários de empresas terceirizadas que trabalhavam na barragem de Fundão, que se rompeu por volta das 15h deste quinta. Em seguida, barragem de Santarém também cedeu.
Segundo Vescovi, há uma lista com os nomes dos desaparecidos, mas ela ainda não será divulgada. Ele repetiu que ainda é cedo para especular sobre as causas do acidente e para mensurar a extensão do ocorrido – o que já havia dito no comunicado divulgado pela empresa na noite de quinta.
"Esta é a pior crise da nossa história", afirmou o diretor-presidente da Samarco. "Não avaliamos a extensão do prejuízo". A empresa prometeu arcar com as despesas dos desabrigados.
As barragens de Fundão e Santarém, na mina de Germano, liberaram, ao todo, 62 milhões de metros cúbicos de água e rejeitos de mineração. A de Santarém estava no limite da sua capacidade: 7 milhões de metros cúbicos. A de Fundão estava com 55 milhões de metros cúbicos, dos 60 milhões de capacidade total.
Tremor
O engenheiro civil Germano Silva Lopes, que coordena o plano de ações emergenciais na Samarco, disse que por volta das 14h desta quinta-feira foi sentido um tremor de terra e que, imediatamente, uma equipe verificou a barragem de Fundão.
Segundo ele, na ocaisão não foi constatado nenhum problema. Depois de algum tempo, começou a ruptura das estruturas.
Segundo o diretor-presidente da Samarco, as operações da mina de Germano estão completamente suspensas onde ficava a barragem de Fundão. A prioridade é o atendimento às vítimas, afirmou.
Fiscalização
Na coletiva, Vescovi disse ainda que as barragens foram vistoriadas por autoridades ambientais em julho de 2015, e os laudos foram emitidos em setembro. Nesta quinta, a Polícia Militar de Meio Ambiente havia informado que a mineradora foi fiscalizada há dois anos e nenhum problema foi encontrado na barragem.
Segundo o diretor-presidente da empresa, não há alarme sonoro em Bento Rodrigues para avisar a população sobre problemas na barragem. Ele afirma que esse equipamento não está previsto no plano de emergência.
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Sustentável de Minas Geraisx (Semad) criou um comitê de crise para cuidar do acidente e uma equipe de emergência foi enviada para o local para avaliar a situação.
De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão responsável pela fiscalização de barragens de rejeitos, a barragem de Fundão é considerada de baixo risco, e o rejeito de minério, inofensivo para a saúde.
Ministério Público
Representantes do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais do Ministério Público Estadual de Minas Gerais estão em Bento Rodrigues e será instaurado um inquérito civil para apurar as causas do rompimento da barragem, afirmou o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto.
Segundo o promotor, a partir desta sexta-feira, o MP pretende levantar e identificar as causas do acidente e propor uma ação contra os responsáveis. Ele afirmou que nenhuma barragem se rompe por acaso, mas ressaltou que é prematuro dizer qual é a causa.
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