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A descoberta foi possível graças ao monitoramento de moléculas inseridas em neurônios. Entenda mais a seguir
Você e todos os seres humanos do mundo são feitos de experiências que começaram no momento em que esperma e óvulo se encontraram, e que não deixam de acontecer um segundo sequer. Aquilo que você é, em uma maneira mais abstrata de pensar, é resultado de tudo o que você viveu, pensou, aprendeu, sentiu. Esse conjunto de emoções ajuda a formar a sua personalidade e a fazer de você um ser único.
Pela primeira vez na história da Ciência, foi possível visualizar o processo responsável pela criação da memória, algo que acontece constantemente em seu cérebro, mas que até então era apenas imaginado e teorizado, mas nunca visto.
Como assim?
Pesquisadores do curso de Medicina Albert Einstein da Universidade Yeshiva, em Nova York, conseguiram registrar como o cérebro guarda memórias, de modo que é possível ver, em vídeo, como moléculas se transformam em estruturas que, no final das contas, são as grandes responsáveis por sermos quem somos. É como se pudéssemos ver nossa “alma”, nossa essência, trabalhando.
Os cientistas explicaram que as imagens feitas foram possíveis devido à monitoração de moléculas cruciais na formação da memória, que receberam marcas fluorescentes: assim foi possível acompanhar o caminho que elas seguiam no cérebro de ratos.
A técnica incluiu o estímulo de neurônios do hipocampo, região responsável pela produção e pelo arquivamento de memórias. Depois disso, a tarefa era apenas observar as moléculas fluorescentes se movimentando pelo corpo dos dendritos neuronais, que são as ramificações dos neurônios.
Como acontece
Essa molécula, a beta-actina mRNA, se comporta de uma maneira específica enquanto percorre o corpo de um neurônio, em duas fases específicas que os cientistas chamaram de “mascarar” e “desmascarar”. Essa alteração de comportamento é a responsável pela sintetização da beta-actina em momentos e quantidades específicas.
Se Biologia, Química e Genética não estão entre seus assuntos favoritos, o parágrafo anterior pode parecer grego, mas fique calmo. A explicação para essa coisa de molécula sintetizando no corpo de neurônio foi resumida pelo principal autor do estudo, Dr. Robert Singer.
Ele comentou que a molécula chamada beta-actina mRNA, quando inserida em um neurônio, tem a síntese proteica da beta-actina ativada. Quando o neurônio é estimulado frequentemente, a beta-actina tende a ser direcionada para o local da célula onde ela precisa estar, afinal, nesse local ela consegue deixar a transmissão de informação neural, a sinapse, mais forte, criando assim as memórias.
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