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Durante 62 dias, São Paulo terá um grupo policial exclusivo para cuidar da segurança no Mundial de futebol, que será realizado no país entre 12 de junho e 13 de julho. De acordo com a PM, a partir de maio será criado o Comando de Policiamento para a Copa do Mundo. O modelo é inspirado no batalhão usado pela corporação de Minas Gerais na Copa das Confederações, no ano passado.
Apesar de a competição começar em 12 de junho, 3.840 policiais militares de batalhões de elite do Choque da PM paulista vão trabalhar ininterruptamente a partir de 18 de maio até 18 de julho (cinco dias após a final, que acontece no estádio do Maracanã, no Rio).
Homens do 2º e do 4º batalhões do Choque vão atuar de maneira preventiva e ostensiva a partir do entorno da Arena Corinthians, em Itaquera, na Zona Leste da capital. O estádio receberá seis partidas da Copa.
A PM informou que não vai tolerar manifestações violentas ou bloqueios nas vias que levam até a arena. Como ocorreu durante os protestos de 2013, armas não letais, como gás lacrimogêneo, poderão ser usadas.
"Por segurança, não serão permitidas, por exemplo, manifestações que atrapalhem o fluxo de torcedores ao estádio. Balas de borracha poderão ser usadas para coibir atos violentos", disse o capitão Rodrigo Custódio Garcia, chefe da seção de relações institucionais da PM para grandes eventos,
Para garantir a segurança dos turistas da Copa e dos paulistanos, a PM decidiu cassar os benefícios dos policiais. "De maio a julho não serão concedidas férias ou licenças-prêmio", afirmou Garcia. Em média, 10 mil PMs se afastam do trabalho em um mês. Dessa forma, serão quase 20 mil policiais que deixarão de folgar durante a Copa.
Agentes do interior de São Paulo também ajudarão a reforçar o efetivo, com cerca de 800 PMs transferidos temporariamente para atuar nas Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam).
Tropa de elite
De acordo com a Coordenadoria Operacional da corporação, os 3.840 policiais do novo comando terão à disposição veículos e aeronaves. Para efeito comparativo, o efetivo da PM paulista em todo o estado é composto por 93 mil homens. A criação da "nova polícia" deverá ser publicada no Diário Oficial para definir quem será o comandante e especificar outras funções.
De acordo com a Coordenadoria Operacional da corporação, os 3.840 policiais do novo comando terão à disposição veículos e aeronaves. Para efeito comparativo, o efetivo da PM paulista em todo o estado é composto por 93 mil homens. A criação da "nova polícia" deverá ser publicada no Diário Oficial para definir quem será o comandante e especificar outras funções.
Esse novo modelo de comando para grandes eventos esportivos é inspirado no Batalhão da Copa, usado pela PM de Minas Gerais como experiência na Copa das Confederações. Considerada uma prévia para o mundial, a competição não foi realizada em São Paulo porque a Arena Corinthians não ficou pronta a tempo.
O Batalhão da Copa foi empregado em junho do ano passado e conteve manifestações violentas de grupos contrários aos gastos públicos para realização da competição no Brasil. Os policiais militares mineiros, porém, foram acusados de truculência pelos manifestantes.
O 2º Batalhão de Choque, que já atua em São Paulo na segurança de grandes eventos, continuará nessa função. Já o 4º Batalhão de Choque, que tem o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), poderá atuar, por exemplo, na varredura do estádio para detecção de bombas. Outro grupamento da PM atuará na segurança "aproximada", ajudando na escolta de autoridades e delegações.
Ao contrário de jogos de competições nacionais, como o Campeonato Brasileiro e o Paulistão, as partidas da Copa não terão policiais militares no interior dos estádios. A segurança será feita por vigilantes profissionais especializados, os "stewards".
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