O Bitcoin no momento está sendo negociado a aproximadamente R$27.000 no Mercado Bitcoin, ou US$7500 em várias corretoras pelo mundo. Mesmo com esse valor impressionante, a nota mais valiosa do mundo compra quase 1 Bitcoin.
É a nota de B$10.000, que circula em Brunei, um pequeno país asiático governado por uma monarquia absoluta. Pelo câmbio atual, o valor em dólares americanos da nota é de US$7482. O dólar de Brunei, moeda local, é legalmente vinculada ao dólar de Cingapura. Emitida em 2006, a nota tem a face do sultão Hassanal Bolkiah.
O país, apesar de muito pequeno, possui grandes reservas de petróleo. Isso faz com que Bolkiah seja um dos homens mais ricos do mundo, com pouco mais de US$20 bilhões de fortuna pessoal. O casamento de seu filho mais novo, que durou 3 dias, custou US$ 3 milhões. Além disso, o sultão é um dos maiores colecionadores de automóveis do mundo, com mais de 5000 veículos.
As grandes notas do mundo estão em extinção. A justificativa para sua existência é que podem ser úteis em casos de emergência ou guerra. Só que também podem ser amplamente usadas para lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. Esse é o principal motivo pelo qual a União Européia está acabando com sua nota de 500 euros, por exemplo. Países como Brunei não apresentam esse tipo de risco, já que sua moeda é não é amplamente aceita no mundo.
A comparação com as criptomoedas é inevitável. Muitos sugerem que sua natureza privada é ideal para crimes como os que podem ser praticados com as grandes notas. Grandes ataques também são dirigidos às criptomoedas privadas, como o Monero.
Enquanto no Bitcoin as chaves públicas são criptografadas, as transações são permanentemente registradas no blockchain. Além disso, um Bitcoin é sempre rastreável. Se algum dia aquele Bitcoin foi usado em lavagem de dinheiro, ele ficará para sempre “marcado”.
Nas criptomoedas privadas, é impossível saber as partes da transação, ou mesmo seu valor. O Monero, por exemplo, é tão secreto que não se sabe quantos deles estão em circulação.
Claro que as criptomoedas podem ser usadas para crimes, assim como qualquer outro ativo. Contudo, alguns relatórioseconômicos mostram que o risco ainda não é alto.